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Quase R$ 10 bilhões ainda estão “esquecidos” em bancos, alerta Banco Central

 

Mais de 53 milhões de pessoas e empresas ainda não resgataram valores disponíveis no sistema do BC; devoluções já somam R$ 12,2 bilhões

O Banco Central (BC) informou na terça-feira, 11, que R$ 9,73 bilhões ainda estão “esquecidos” nas instituições financeiras do país, aguardando o resgate por pessoas físicas e jurídicas. Os dados, atualizados até setembro, mostram que muitos brasileiros ainda não buscaram recursos parados em contas, consórcios e outros serviços bancários.

Do total, R$ 7,6 bilhões pertencem a 48,6 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2,12 bilhões estão ligados a 4,73 milhões de empresas. Desde o início do programa, o Banco Central já devolveu R$ 12,21 bilhões a clientes que haviam deixado valores retidos nos bancos.

O sistema de “Valores a Receber” do BC permite consultar se há quantias disponíveis em nome de pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas. Apesar de o prazo inicial para os resgates ter terminado em outubro de 2024, o Ministério da Fazenda esclareceu que não há limite de tempo para solicitar o dinheiro — ele pode ser recuperado a qualquer momento.

A consulta deve ser feita exclusivamente pelo site oficial: valoresareceber.bcb.gov.br. O sistema exige que o solicitante informe uma chave PIX para receber o valor. Quem não possuir a chave pode entrar em contato com o banco para combinar outra forma de devolução ou criar uma e retornar ao sistema para solicitar o resgate.

No caso de pessoas falecidas, apenas herdeiros, inventariantes ou representantes legais podem acessar as informações, mediante preenchimento de um termo de responsabilidade.

Desde maio, o Banco Central também passou a oferecer uma solicitação automática de devolução — opcional para os usuários. O novo recurso evita que o cidadão precise consultar o sistema periodicamente, liberando o crédito direto na conta vinculada à chave PIX. Para habilitar o serviço, é necessário ter uma conta gov.br nível prata ou ouro com verificação em duas etapas.

A função, por enquanto, está disponível apenas para pessoas físicas com chave PIX registrada pelo CPF. Instituições que não aderirem à devolução automática continuarão exigindo o pedido manual — o que também vale para contas conjuntas.

Segundo o BC, o objetivo da automatização é “facilitar a vida do cidadão”, garantindo que nenhum valor esquecido continue parado nos bancos por falta de informação.

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil / Reprodução

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