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Atualização confirma mais de 130 mortos em megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro

 

O número de mortos na operação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, subiu para mais de 130 nesta quarta-feira, 29, segundo levantamento da Defensoria Pública do Estado. A ação, que começou na terça-feira, 28, já é considerada a mais letal da história do país.

A megaoperação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com apoio do Ministério Público, para cumprir mais de cem mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV). Desde as primeiras horas da manhã de terça, os confrontos se estenderam por mais de 24 horas, transformando as comunidades em zonas de guerra.

De acordo com o governo do Estado, 64 mortes haviam sido confirmadas até a noite de terça-feira, entre elas as de quatro policiais. Na manhã seguinte, moradores encontraram dezenas de corpos em uma área de mata na Penha e os levaram até a Praça São Lucas, ponto central da comunidade. Caminhões da Defesa Civil recolheram mais de 60 cadáveres e os encaminharam ao Instituto Médico Legal (IML). A remoção foi concluída por volta das 11h.

A operação foi deflagrada após mais de um ano de investigação sobre o avanço territorial da facção, que atua em pelo menos 26 comunidades da zona norte. Segundo a Polícia Civil, os criminosos reagiram com armamento pesado, incendiaram barricadas e chegaram a lançar explosivos por drones.

Durante a ação, uma mulher foi feita refém por 26 traficantes em uma residência na Vila Cruzeiro. No local, os policiais apreenderam 19 fuzis e prenderam 25 suspeitos. Um dos envolvidos morreu durante a negociação. Em outro ponto da comunidade, foram localizados 200 quilos de maconha e dezenas de carregadores de armas de uso restrito.

No total, a operação resultou em 81 prisões e na apreensão de 93 fuzis, número recorde em ações policiais no Rio. 

O governo do Estado ainda não confirmou se a operação será encerrada ou se haverá novas incursões nas próximas horas.

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

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