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Mulheres a partir dos 40 anos terão acesso à mamografia pelo SUS em nova diretriz do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira, 23, um conjunto de medidas que marcam uma mudança significativa nas políticas de prevenção e tratamento do câncer de mama no Brasil. Pela primeira vez, mulheres de 40 a 49 anos terão acesso garantido à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde que haja indicação médica e interesse da paciente. Até agora, o exame era restrito a mulheres entre 50 e 69 anos, realizado a cada dois anos.

Com a nova diretriz, mulheres de 40 a 49 anos poderão realizar o exame sob demanda, enquanto o rastreamento populacional bienal passa a atender a faixa de 50 a 74 anos. Para aquelas acima de 74 anos, a decisão sobre a realização da mamografia será individualizada, considerando cada caso específico.

De acordo com o diretor de Atenção ao Câncer, José Barreto, a atualização representa um avanço na democratização do acesso e no fortalecimento do rastreamento precoce. “Nosso compromisso é consolidar a maior rede de prevenção de câncer do mundo”, destacou.

Além da mudança no protocolo de exames, o Ministério da Saúde anunciou outras ações estratégicas. Em outubro, 27 carretas da saúde circularão em 22 estados, oferecendo consultas, mamografias e biópsias. Também será lançado um manual de diagnóstico precoce voltado a profissionais da atenção primária. Outro ponto relevante é o investimento de R$ 100 milhões em pesquisas sobre câncer de mama, colo de útero e colorretal, além da inclusão de novos medicamentos no SUS, como inibidores de CDK 4/6, trastuzumab entansina e terapias hormonais, ampliando as opções de tratamento tanto para casos iniciais quanto avançados.

O câncer de mama é atualmente o tipo mais frequente entre as mulheres no país. Estima-se que 37% dos diagnósticos ainda sejam feitos em estágios avançados da doença. Com a antecipação do acesso à mamografia e a chegada de novos recursos terapêuticos, a expectativa é reduzir o número de diagnósticos tardios e ampliar significativamente as chances de cura.

Foto: José Cruz / Agência Brasil / Reprodução

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