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Moraes autoriza entrevista de Bolsonaro na prisão e agenda interrogatório sobre cofres do Alvorada

 

Ex-presidente falará ao Metrópoles nesta sexta-feira e será ouvido pela PF no fim do mês; STF também amplia visitas e autoriza recebimento de correspondências

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu aval para que o ex-presidente Jair Bolsonaro conceda entrevista ao portal Metrópoles na manhã desta sexta-feira, 19. Preso, Bolsonaro falará entre 11h e 12h, marcando sua primeira manifestação pública desde o início do cumprimento da pena.

A autorização atendeu a pedido da defesa e foi concedida pelo próprio Moraes, relator dos processos que envolvem o ex-chefe do Executivo. A entrevista também será a primeira desde que Bolsonaro indicou o senador Flávio Bolsonaro como possível candidato à Presidência da República no próximo ano.

Além da entrevista, o ministro ampliou as condições de visitas e assistência ao ex-presidente. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro passa a ter autorização permanente para visitas às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, com duração de até 30 minutos, sem a necessidade de novos pedidos semanais ao STF. Moraes também autorizou a realização de sessões de fisioterapia, conforme prescrição médica, inclusive durante o horário de banho de sol, e liberou o recebimento de cartas e encomendas.

Interrogatório marcado

Na mesma decisão, Alexandre de Moraes acolheu solicitação da Polícia Federal para interrogar Bolsonaro sobre o conteúdo de dois cofres localizados no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. A oitiva foi marcada para o dia 30 de dezembro, entre 9h e 11h, na Superintendência da PF em Brasília, onde o ex-presidente cumpre pena de 27 anos e três meses, imposta pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

Segundo a Polícia Federal, os cofres foram abertos em junho deste ano, mais de dois anos após Bolsonaro deixar o Alvorada. No interior, foram encontrados documentos pessoais do ex-presidente e outros bens. A corporação quer esclarecer a propriedade e a origem do material.

Em ofício encaminhado ao STF, a PF afirma que a oitiva é necessária diante da presença de itens pessoais misturados a outros objetos, embora não detalhe quando foi acionada pela Presidência para investigar o caso.

Foto: Reprodução

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