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Programa Reflora busca árvores resistentes para reflorestamento pós-enchentes no RS

 

Pesquisadores da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e de instituições parceiras percorrem o Rio Grande do Sul em busca de árvores matrizes para produção de mudas dentro do programa Reflora, lançado em março. A iniciativa visa coletar material genético de espécies nativas e reflorestar áreas atingidas pelas enchentes de 2024.

Nesta semana, a equipe esteve no Vale do Taquari, região duramente afetada pelas cheias, identificando espécies que resistiram à força das águas, como o Açoita-cavalo (Luehea divaricata), a Canafístula (Peltophorum dubium) e um Louro-pardo (Cordia trichotoma) centenário às margens do Rio Taquari.

O engenheiro florestal Jackson Brilhante, pesquisador da Seapi, destacou a importância dessas árvores para a conservação genética. “Encontramos matrizes que resistiram à catástrofe. A ideia é preservar o DNA desses indivíduos de grande relevância ambiental e histórica”, afirmou.

Desde o início do programa, ações de campo já registraram 77 árvores de 31 espécies diferentes em cidades como Eldorado do Sul, Taquari e Montenegro. As informações foram compiladas em um banco de dados georreferenciado para acompanhamento e resgate genético.

O coordenador operacional do Reflora, Diego Balestrin, da UFV, informou que a iniciativa está na fase de prospecção e testes iniciais com as espécies. Novos treinamentos teóricos e práticos estão previstos em parceria com universidades como UFRGS, PUCRS, UFSM e Unisc, para aplicação de técnicas de resgate de DNA e indução precoce de floração e frutificação.

O programa trabalhará com 34 espécies nativas, envolvendo 13 bolsistas e três anos de execução. O projeto também inclui investimentos em infraestrutura, como casas de vegetação e equipamentos de pesquisa, já em implantação.

Coordenado pelas secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente e Infraestrutura, o Reflora conta com o apoio da CMPC, da Embrapii e das universidades parceiras, reforçando a recuperação ecológica das áreas devastadas e a preservação da biodiversidade no Rio Grande do Sul.

Foto: Reprodução

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