Lula e Trump têm reunião “surpreendentemente boa” e indicam avanço em negociações comerciais
Durante visita oficial à Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou como “surpreendentemente boa” a reunião que manteve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no fim de semana. O encontro, realizado no domingo, 26, pelo horário de Brasília — já segunda-feira, 27, na Ásia —, foi o primeiro entre os dois líderes desde o retorno de Trump à Casa Branca e marcou uma tentativa de reaproximação diplomática entre os países.
Em entrevista após a reunião, Lula declarou estar otimista com a retomada das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e afirmou que existe disposição mútua para a construção de um novo acordo bilateral. “Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo”, disse o presidente, acrescentando que as conversas foram diretas e produtivas.
Lula também comentou as recentes medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, especialmente nas áreas de aço e alumínio. O presidente afirmou compreender o direito de cada nação proteger sua indústria nacional, mas criticou o que classificou como decisões baseadas em “informações equivocadas” sobre o mercado brasileiro. “Ele sabe disso, porque eu tive a oportunidade de dizer. Agora não tem mais intermediário: é o presidente Lula com o presidente Trump”, destacou.
A reunião ocorreu em um momento de tensão comercial entre Washington e diversos parceiros internacionais, e a sinalização de diálogo direto entre os governos brasileiro e norte-americano é vista como um passo importante para destravar negociações travadas desde 2023.
Segundo Lula, as tratativas devem continuar nos próximos dias e podem incluir novas rodadas de conversas. O presidente afirmou que pretende manter contato direto com Trump para acelerar os entendimentos. “Dependendo do andamento das negociações, vou importuná-lo com um telefonema direto já na próxima semana”, brincou.
Foto: Ricardo Stuckert / PR / Reprodução

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