Rio Grande do Sul registra a CNH mais cara do país, com média superior a R$ 4,9 mil
O Rio Grande do Sul lidera o ranking nacional de custos para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria AB, destinada a motoristas de carros e motos. De acordo com levantamento do Ministério dos Transportes, com base em dados da Senatran, o valor médio no estado chega a R$ 4.951,35, mais de três vezes o salário mínimo vigente, de R$ 1.518.
O contraste com outros estados é grande. Na Paraíba, o custo médio é de R$ 1.950,40, enquanto em São Paulo a média é de R$ 1.983,90. A diferença em relação ao Rio Grande do Sul ultrapassa os R$ 3 mil. No estado gaúcho, a categoria A, para motos, custa R$ 2.705,84, e a categoria B, para carros, R$ 2.711,91, sem incluir a taxa do simulador.
O levantamento mostra que as taxas públicas representam menos de 20% do valor total, abrangendo exames teóricos e práticos, emissão da CNH e avaliações médicas e psicológicas. A maior parte do custo decorre de serviços privados, como aulas práticas e teóricas, responsáveis pelo preço elevado da habilitação no Estado.
Em comparação com países vizinhos, a diferença também é significativa. Em Montevidéu, no Uruguai, a CNH na categoria A custa cerca de R$ 1.000. Em Buenos Aires, na Argentina, o valor é semelhante, com custos adicionais para exames médicos e outros requisitos. Já em Assunção, no Paraguai, a carteira de motorista sai por aproximadamente R$ 160.
O levantamento evidencia que o Rio Grande do Sul tem a CNH mais cara do Brasil, com serviços privados sendo o principal fator de elevação dos custos, enquanto a participação do governo no preço final é relativamente pequena. A disparidade de valores levanta discussões sobre a necessidade de regulamentação uniforme e pode impactar o planejamento dos cidadãos que desejam obter a habilitação.
Foto: Reprodução
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