Parecer do TCE adia edital de concessão do Bloco 2 e impõe cautela à estratégia regional
A publicação do edital de concessão do Bloco 2 de rodovias, que estava prevista para julho, está oficialmente adiada. O motivo é o andamento da análise do projeto pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que tem prazo até 21 de setembro para emitir parecer técnico. Com isso, o cronograma da concorrência pública sofre novo ajuste, impactando também a estratégia de lideranças regionais que acompanham o tema com atenção.
A última versão do projeto de concessão foi protocolada no TCE em 21 de junho. Desde então, o Serviço de Auditoria da corte tem solicitado revisões e informações adicionais. Em 25 de julho, uma nova requisição foi feita ao Estado, com prazo de resposta até 8 de agosto. Segundo a Secretaria da Reconstrução, o edital será publicado assim que houver manifestação oficial do TCE.
Mesmo com o impasse no cronograma, o governo do Estado reafirma a convicção na modelagem adotada para o plano de concessões. A proposta prevê aporte público de R$ 1,5 bilhão via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) e investimentos totais de R$ 5,8 bilhões durante os 30 anos de contrato.
A expectativa inicial era realizar o leilão entre outubro e novembro deste ano, com início da operação da nova concessionária em janeiro de 2026. No entanto, diante da indefinição, lideranças regionais adotam um discurso mais cauteloso.
Após um estudo local confirmar que o Volume Diário Médio (VDM) da região está alinhado com a modelagem do Estado, o grupo de trabalho regional reconhece que não há margem para pleitear redução na tarifa-teto, hoje estimada em R$ 0,19 por quilômetro rodado. A percepção entre os interlocutores é de que agora resta apenas "contar com a sorte no leilão", esperando que o processo atraia interessados dispostos a oferecer propostas mais vantajosas aos usuários.
Foto: Reprodução

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