Últimas Notícias

Ciência promete vida até os 150 anos, mas especialistas alertam para risco de desigualdade extrema


Pesquisas recentes lideradas por cientistas de Harvard apontam que a reversão do envelhecimento pode estar mais próxima do que se imaginava — e que a primeira pessoa que viverá até os 150 anos já nasceu. No entanto, o avanço da chamada longevidade extrema reacende debates éticos sobre acesso desigual, impacto social e até o futuro da humanidade.

David Sinclair, geneticista da Universidade de Harvard e referência mundial no estudo do envelhecimento, afirma que, até 2035, terapias de reprogramação epigenética, somadas à inteligência artificial, poderão “resetar” o relógio biológico das células. Testes com camundongos e macacos já mostraram que nervos ópticos e tecidos envelhecidos podem ser restaurados.

“A possibilidade de viver 150 anos não pode ser apenas uma utopia vendida para poucos”, afirmam bioeticistas que acompanham o tema. A promessa de uma pílula rejuvenescedora acessível até 2035 dependerá diretamente de interesses comerciais e regulação estatal.

Embora as descobertas tragam esperança para doenças degenerativas e uma velhice com mais qualidade, o debate ético se intensifica. Para estudiosos, é essencial garantir que a biotecnologia sirva à coletividade e não aprofunde ainda mais os abismos sociais.

Foto: Freepik / Reprodução

Nenhum comentário